Os Lacerdas - Salada de Frutas
Sítio Santa Rita
Sobre esse café
Fazenda de café | Sítio Santa Rita |
Região | Espera Feliz - MG |
Altitude | 1250m |
Variedade | Catuaí Vermelho |
Processo | Natural, fermentado |
BANANA MADURA, MORANGO, CAJU E JACA
Os Lacerdas
Em 1896, os avós de Jhone Lacerda deram início à plantação de café na propriedade de Santa Rita. Posteriormente, essa responsabilidade foi transferida para os pais de Jhone, que continuaram essa tradição árdua até 1966. Nesse ano, enfrentaram um revés significativo quando o governo determinou a erradicação de todas as plantas de café devido a uma praga que assolou a região.
No ano de 1971, encorajados novamente pelo governo e orientados pelo Instituto Brasileiro do Café (IBC), a família decidiu retomar o cultivo do café. Durante esse período, eles se concentraram na produção de café de alta qualidade. Em 2005, Jhone Lacerda, junto com seus filhos, a quarta geração envolvida com o café, tomou a decisão de investir energia e recursos para produzir cafés especiais. Para alcançar esse objetivo, eles desenvolveram e refinaram o processo de pós-colheita. Isso trouxe entusiasmo aos trabalhadores e manteve viva a paixão da família pelo café.
"Decidi começar a colher seletivamente uma pequena parte da nossa safra e vendê-la a preços muito acessíveis", relata Lacerda. Na época, os fazendeiros vizinhos o consideravam um tanto excêntrico, pois os intermediários, por sua ingenuidade ou crueldade, só ofereciam preços de "commodities melhoradas" - algo em torno de US$ 8-10 acima do preço de mercado.
Em 2012, Lacerda se certificou como Q-grader e estabeleceu um laboratório de degustação em sua fazenda para atender seus clientes de café verde. Ao mesmo tempo, sua cunhada Miriam e seu cunhado Fred Ayres se especializaram em cursos de barista e transformaram o espaço em uma cafeteria.
Em 2013, durante a Semana Internacional do Café do Brasil, Lacerda participou de uma palestra ministrada por Manuel Diaz sobre a fermentação do café. "Até aquele momento, meu pai, meu avô e todos os outros fazendeiros nos instruíam a evitar a fermentação a todo custo. Esse sujeito me disse para fazer exatamente o oposto: para produzir um café excepcional, é necessário permitir que ele fermente. Isso me impressionou profundamente", recorda Lacerda. Na manhã seguinte, o Dr. Diaz apresentou alguns cafés fermentados na mesa de degustação, e Lacerda ainda consegue descrevê-los como se os tivesse degustado ontem: cafés extremamente frutados, cítricos e complexos.
Sítio Santa Rita
A história da fazenda de Santa Rita é intrinsecamente ligada à história da família de Jhone Lacerda. Em 1896, foi nesse solo fértil que seus avós deram início ao cultivo do café. A responsabilidade então passou para os pais de Jhone, que desempenharam um papel vital na continuidade dessa tradição até 1966, quando uma praga devastadora obrigou o governo a ordenar a erradicação de todas as plantas de café na região.
Após uma pausa forçada, em 1971, a família retomou suas raízes no cultivo de café, incentivados pelo governo e orientados pelo Instituto Brasileiro do Café (IBC). Nesse período, o foco principal era aprimorar a qualidade do café produzido. O ano de 2005 marcou uma virada decisiva, quando Jhone Lacerda, junto com seus filhos, decidiu investir sua energia e recursos na produção de cafés especiais. Para alcançar esse objetivo, eles dedicaram-se ao desenvolvimento e aprimoramento do processo de pós-colheita.
Hoje, a fazenda de Santa Rita é um local onde a tradição e a inovação se entrelaçam. Além da produção de café de alta qualidade, ela abriga um laboratório de degustação, onde Jhone Lacerda se tornou um Q-grader certificado, e uma aconchegante cafeteria, administrada por Miriam e Fred Ayres. A fazenda é um verdadeiro exemplo de como a paixão pelo café pode ser transmitida através das gerações, mesmo diante de desafios inesperados.